Criador de PUBG defende uso de IA em jogos e revela projeto ambicioso
O uso de inteligência artificial generativa em videogames tem sido um tema polêmico, com muitas pessoas criticando a tecnologia. Brendan ‘PlayerUnknown’ Greene, criador de PUBG, abordou a reação do público contra a IA, ao mesmo tempo em que respondeu a perguntas sobre seu projeto ambicioso para desenvolver a próxima internet com seu novo jogo e tecnologia.
‘Nós não usamos Modelos de Linguagem de Grande Escala, então não estou muito preocupado [com a reação]’, disse Greene à Eurogamer. ‘Os LLMs têm suas aplicações, mas havia chatbots nos anos 60 e 70 que alcançaram muitas coisas semelhantes. Então, não estou muito preocupado com isso. Os sistemas que estamos construindo são para permitir que os artistas esculpam os mundos como desejarem. É como uma orquestra: podemos ser um violinista ou podemos ser o maestro, onde você sabe o que tudo faz, e você tem algumas alavancas que pode ajustar e isso cria mundos rapidamente. Fiquei muito animado em ver a revolta da comunidade contra as coisas de IA. É bom ver que os jogadores dizem: ‘Não – se não foi construído por artistas, não quero ver.’ Então, tem sido ótimo ver isso.’
Greene acrescentou que, embora seu estúdio independente, PlayerUnknown Productions, seja apoiado pela Krafton, ele não será influenciado por sua mudança para se tornar uma empresa ‘primeiro em IA’. O estúdio está ‘fazendo pesquisa tecnológica em áreas como aprendizado de máquina’, disse Greene, mas com o objetivo de dar aos seus artistas as ferramentas necessárias para gerar mundos virtuais como parte do plano de três jogos do Projeto Artemis.
O primeiro jogo deste projeto, a experiência de sobrevivência em mundo aberto Prólogo: Go Wayback, será lançado em 20 de novembro para o Acesso Antecipado do Steam e foi projetado para ser uma demonstração da geração de mundos em nível de terreno. O segundo jogo da PP será um jogo de tiro multijogador, e o terceiro jogo construirá sobre as tecnologias introduzidas nos dois primeiros para que outras pessoas possam utilizá-las.
Os comentários de Greene chegam em um momento em que um dos jogos mais populares do ano – Arc Raiders – está desfrutando de grandes vendas em meio a críticas sobre como ele usa IA. Shams Jorjani – CEO do estúdio Helldivers, Arrowhead – elogiou a desenvolvedora de Arc Raiders, Embark Studios, por como ela usa IA, e a editora do jogo, Nexon, acredita no uso de tecnologias de IA para ajudar a tornar o desenvolvimento mais eficiente.
Outro jogo envolvido na polêmica sobre o uso de IA tem sido Call of Duty: Black Ops 7, com várias pessoas percebendo que os Cartões de Chamada podem ter usado arte gerada por IA. Embora a Activision tenha admitido que alguma IA foi usada na criação de Black Ops 7, mas sob a direção de humanos, isso não impediu um congressista dos EUA de usar o jogo como um exemplo do porquê extensivas regulamentações de IA são necessárias.
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