Digital Foundry critica versão de Tomb Raider para Switch 2 por cortes técnicos

A Digital Foundry publicou uma análise técnica detalhada sobre Tomb Raider: Definitive Edition no Nintendo Switch 2, criticando severamente os cortes técnicos encontrados na versão. O grupo especializado em análise gráfica afirma que, embora certos sacrifícios fossem compreensíveis no hardware original do Switch, eles são totalmente injustificáveis no Switch 2.

A análise revela que as maiores mudanças estão nas sombras e vegetação. Em comparação com a versão do PS4, o port para Switch 2 apresenta sombras com resolução reduzida e elimina completamente as sombras dinâmicas da vegetação, substituindo-as por versões estáticas. A densidade de plantas foi drasticamente reduzida, criando cenários mais vazios e visualmente inconsistentes.

Entre as ausências mais notáveis está a falta do sistema TressFX, tecnologia de animação de cabelos que foi introduzida inicialmente no PC e posteriormente implementada nas versões de PS4 e Xbox One. Este sistema era responsável por tornar mais realista o movimento do cabelo de Lara Croft, um dos marcos visuais da versão definitiva do jogo.

Outro ponto criticado foi a tessellation, com detalhes geométricos ausentes e texturas mal posicionadas nos cenários. A oclusão ambiental também foi significativamente reduzida, comprometendo a profundidade visual dos ambientes.

Apesar das críticas, a Digital Foundry reconhece alguns aspectos positivos. A versão para Switch 2 oferece texturas melhoradas e mantém uma taxa consistente de 60 quadros por segundo, algo que o PS4 original não conseguia sem o modo boost ou retrocompatibilidade no PS5.

A resolução, porém, permanece fixa em 1080p tanto no modo dock quanto no portátil, indicando que a Aspyr, estúdio responsável pelo port, não aproveitou totalmente o potencial do novo hardware da Nintendo.

A conclusão da análise é particularmente dura, ressaltando que tais compromissos são inaceitáveis no Switch 2, especialmente quando o console já demonstrou capacidade para rodar títulos mais recentes e tecnicamente exigentes, como Star Wars Outlaws.