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Ghost Story Games revela detalhes da criação da protagonista e da narrativa de Judas

A Ghost Story Games revelou detalhes sobre a criação da protagonista de Judas e elementos da narrativa em seu segundo dev log publicado no PlayStation Blog. O estúdio, liderado por Ken Levine, responsável por sucessos como BioShock, compartilhou informações sobre o processo criativo e mostrou alguns segundos inéditos de gameplay do aguardado FPS narrativo.

Segundo a desenvolvedora, diferentemente do que muitos imaginam, seus jogos não começam pela história, mas por um elemento central de design. Em BioShock, foi a ligação entre Big Daddy e Little Sister; em Infinite, a personagem companheira Elizabeth. Já em Judas, o foco está na narrativa dinâmica.

‘O projeto começou com nosso desejo de contar histórias menos lineares, que reagem ao jogador e se desenvolvem de maneiras nunca vistas em um dos jogos de Ken’, explicou Drew Mitchell, lead narrative designer de Judas. Essa abordagem demandou personagens com objetivos conflitantes e fortes, cada um com interesse nas ações do jogador.

Ken Levine, diretor criativo do jogo, revelou que a ideia para a protagonista surgiu durante uma corrida. ‘Frequentemente tenho ideias quando saio para correr, e um dia pensei em um discurso que definiria a personagem que estávamos tentando criar’, comentou. Esse monólogo se tornou fundamental para a concepção de Judas como personagem.

O monólogo interno da personagem revela alguém que prefere máquinas a pessoas, por considerar interações sociais complicadas e propensas ao fracasso. Essa característica se tornou tanto a maior força quanto a maior fraqueza de Judas, influenciando todo o design do game a ponto dos desenvolvedores passarem a chamá-lo de ‘Simulador de Judas’ em vez de simplesmente FPS.

‘O que acho que diferencia Judas de BioShock ou BioShock Infinite está bem ali no nome’, disse Mitchell. ‘O jogo recebe o nome dela. Booker e Jack eram estranhos em terras estranhas, assim como o jogador. Judas é nativa da Mayflower. Na verdade, ela está no centro dos eventos que desencadeiam a história.’

Quanto ao cenário, a equipe de arte detalhou o desafio de criar um ambiente dinâmico que reflete décadas de viagem espacial. A Mayflower, nave colônia onde se passa o jogo, evoluiu significativamente desde sua partida, refletindo os conflitos entre facções e ideais.

‘No início de sua jornada, era uma nave estelar modular mais prática e convencional’, explicou Nathan Phail-Liff, diretor de arte do estúdio. ‘Mas ao longo de sua missão, devido a conflitos entre facções de pessoas e ideais, transformou-se no que você vê agora.’

Para criar esse mundo dinâmico, a equipe desenvolveu um sistema sofisticado de etiquetagem e regras para popular o ambiente com elementos de design críveis, diferente dos jogos anteriores onde tudo era feito manualmente.

Judas ainda não tem data de lançamento confirmada, mas está sendo desenvolvido para PC, PlayStation 5 e Xbox Series S|X.

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